Licitação Como Caminho Para Contratação Com a Administração Pública
- Judcer

- 9 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de jan. de 2023
Por mais conhecidos que sejam os processos licitatórios, até mesmo entre os leigos, pouco ainda se é descoberto acerca das possibilidades de negócios que são reservadas neste nicho – se é que pode-se chamar assim--, pois é bem a verdade que encontra-se ainda muito preconceito ou até obstáculos a seu respeito.

Talvez seja pela falsa impressão, causada por experiências ruins de alguns, sobre não serem tão vantajosas essas disputas, como por exemplo a modalidade “Pregão”, talvez a mais praticada no Brasil, por
supostamente terem os participantes que baixar seus preços no mínimo possível e até impossível, para conseguirem sagrar-se vitoriosos. De fato, a sistemática da licitação, em regra é essa mesma, isto é, do menor preço, porém o processo licitatório não consiste somente nisso.
Ocorre que existem fatores externos à disputa em si que devem ser considerados, e que muitas das vezes são cruciais. Atualmente, a maior parte das disputas de pregões são eletrônicos. Em muitas ocasiões, seja por falta de informação ou despreparo, muitos concorrentes aventuram-se em disputas onde as empresas que representam não estão devidamente habilitadas, por inúmeros motivos. Nestes casos, ainda que eles sagrem-se vitoriosos por conseguirem o menor preço, serão inabilitados por não atenderem requisitos dispostos no edital e consequentemente o concorrente que ficou em posição inferior “herdará” o posto de vencedor, logicamente se também atender os ditos requisitos.
Isso significa que muitas das vezes o menor preço não leva. Significa dizer também que preparar-se sempre para participar de disputas licitatórias é essencial. Também implica aqui ressaltar que, caso as disputas em processos licitatórios fossem tão inviáveis financeiramente não haveriam tantos concorrentes. Em alguns processos, dependendo dos produtos ou serviços que são objetos das disputas, há mais 30 concorrentes, e até mais em outros casos. Portanto, não é possível conceber que existem tantos empresários procurando levar prejuízo.
Lembrando que muitas empresas já consolidadas no mercado, com marcas conhecidas pela população participam de disputas em processos de licitação, ainda que através de empresas com razões sociais diversas que pertencem ao próprio grupo econômico em muitos casos. O fato é que o mercado para quem disputa licitações há muito encontra-se aquecido e muito disputado. O que não significa afirmar que esteja saturado e seja infrutífero, mas sim que quem queira aventurar-se, deve se preparar.
O preparo envolve desde a realização de uma análise precisa do edital convocatório, um trabalho muito devotado nas cotações dos preços dos produtos e serviços, e por fim, estratégias relacionadas ao cronograma de entrega dos produtos ou serviços em concomitância as altas dos preços que naturalmente ocorrem. Para este último ponto é essencial o conhecimento da poss
ibilidade de realinhamento de preços que pode ser requerido posteriormente.
Para tanto, muitos empresários que não querem e ou não podem – por inúmeros motivos, como o de não possuir em sua equipe pessoal com este conhecimento –, têm buscado profissionais especializados no setor, tanto para ler e compreender o instrumento editalício quanto para preparar documentações, esclarecer dúvidas e lidar com o pós vitória, isto é, requerer alinhamento de preços e questionar possíveis inconsistências contratuais e apontamentos constantes no edital.
Lembrando sempre que a Administração Pública é um cliente como outro qualquer e a grande diferença é forma de chegar até ele. Lembrando também que os entes públicos são formados por pessoas que invariavelmente passarão a conhecer o produto/serviço e a empresa contratada, e por isso essencial é que o atendimento mantenha-se com o mesmo rigor.
Autoria: Equipe Judcer





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